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sábado, 19 de março de 2011

Largadas de Touros










Sevilhanas




Sevilhanas é um tipo de musica popular, cantada e escrita em Sevilha (Andaluzia) na Espanha. Historicamente estas são derivadas de musica popular de Castela, apimentada com ritmos Árabes. Tecnicamente são uma evolução de músicas castelhanas, tem um padrão musical relativamente elevado, mas letras ricas baseadas na vida no campo, virgens, cidades, vizinhanças e claro temas de amor. Estas são cantadas por uma grande abundância de grupos locais, como Los Romeros de la Puebla, Los de Gines, Las corraleras de Utrera, Cantores de Hispalis e os Los del Rio. Todos os anos, dezenas de novos discos de sevilhanas são publicados.

As sevilhanas podem ser ouvidas no sul de Espanha, principalmente em feiras e festivais, incluindo na famosa Feira de Sevilha, La Feria de Sevilla. Há uma dança associada à música: "Baile de Sevilhanas", que consiste em quatro partes destintas, coplas. Podem se encontrar escolas ensinando "bailes de sevilhanas" quase em qualquer cidade de Espanha.

Falando levemente, sevilhanas é uma música muito leve e alegre.

As sevilhanas não são uma parte do Flamenco, apesar de poder ser confundidas com este.





Cortesias



As cortesias marcam o início da corrida de touros à portuguesa. No início da corrida todos os intervenientes (cavaleiros, forcados, bandarilheiros, novilheiros, campinos e outros intervenientes) entram na arena e cumprimentam o público, a direcção da corrida e figuras eminentes presentes na praça. Nas corridas de gala à antiga portuguesa a indumentária é de rigor e na arena desfilam coches puxados por cavalos luxuosamente aparelhados.





Lide a cavalo



Todo o decorrer da corrida de touros à portuguesa consiste na "lide" de seis touros, habitualmente. Cada um dos touros é lidado por um cavaleiro tauromáquico, que tem um determinado tempo durante o qual poderá cravar um número variável de farpas compridas (no início), curtas e de palmo (ainda mais pequenas) no dorso do animal.






Lide a pé





Os touros podem alternativamente ser "lidados" por um toureiro a pé (embora isto seja menos comum nas touradas portuguesas), que também crava as bandarilhas, um par em simultâneo, no dorso do touro. Outra faceta da lide a pé envolve o uso de uma pequena capa (a muleta) e de um estoque. Em Portugal é proibida a morte do touro na praça (com excepção da vila de Barrancos), mas noutros países a lide a pé culmina na morte, por estocada, do animal.


Pegas





Após a lide do touro pelo cavaleiro tauromáquico é comum entrar em cena o bandarilheiro que efectua algumas manobras com um capote posicionando o touro para a pega. De seguida entram em cena os forcados. Os forcados são um grupo amador que enfrenta o touro a pé com o objectivo de conseguir imobilizar o touro unicamente à força de braços. Oito homens entram na arena, sendo o primeiro o forcado da cara, seguindo-se os chamados ajudas, primeiro e segundo ajuda (os mais determinantes) e demais forcados que também ajudam na pega, terminando no rabejador que segura no rabo do touro, procurando deter o avanço do animal e fixá-lo num determinado local para quando os seus ajudantes o largarem este não invista sobre eles. A pega é consumada quando o forcado da cara se mantenha seguro nos cornos do touro e este seja detido e imobilizado pelos seus companheiros. Nas touradas em que os touros são lidados a pé não existe pega.





Toureiros

Eu vi Manolo González

e Pepe Luís, de Sevilha:
precisão doce de flor,
graciosa, porém precisa.

Vi também Julio Aparício,
de Madrid, como Parrita:
ciência fácil de flor,
espontânea, porém estrita.

Vi Miguel Báez, Litri,
dos confins da Andaluzia,
que cultiva uma outra flor:
angustiosa de explosiva.

E também Antonio Ordóñez,
que cultiva flor antiga:
perfume de renda velha,
de flor em livro dormida.

Mas eu vi Manuel Rodríguez,
Manolete, o mais deserto,
o toureiro mais agudo,
mais mineral e desperto,

...o de nervos de madeira,
de punhos secos de fibra,
o de figura de lenha,
lenha seca da caatinga.



...o que melhor calculava
o fluido aceiro da vida,
o que com mais precisão
roçava a morte em sua fímbria,



...o que à tragédia deu número,
à vertigem, geometria,
decimais à emoção
e ao susto, peso e medida,



...sim, eu vi Manuel Rodríguez,
Manolete, o mais asceta,
não só cultivar sua flor
mas demonstrar aos poetas:



...como domar a explosão
com mão serena e contida
sem deixar que se derrame
a flor que traz escondida,


...e como, então, trabalhá-la
com mão certa, pouca e extrema:
sem perfumar sua flor,
sem poetizar seu poema.